Presidente Moçambicano Condena Ataques Terroristas em Cabo Delgado

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, classificou hoje como "atos bárbaros" os ataques terroristas que ocorrem em Cabo Delgado, província norte do país, durante seu discurso na oitava Conferência Nacional Religiosa em Maputo.

Escalada da Violência e Impacto Humanitário

Segundo dados do Projeto ACLED, os ataques terroristas em Cabo Delgado já resultaram em 6.257 mortes ao longo de oito anos de conflito. O investigador Peter Bofin alertou para a instabilidade atual na região, com o Estado Islâmico de Moçambique (ISM) operando em onze distritos.

Deslocamento Populacional e Crise Humanitária

As Nações Unidas reportaram que quase 22 mil pessoas fugiram de três distritos de Cabo Delgado entre 19 e 26 de setembro. Esta situação agrava a crise humanitária na região, que já contabiliza mais de um milhão de deslocados.

Resposta Governamental e Desafios

O governo moçambicano enfrenta múltiplos desafios na gestão desta crise, enquanto trabalha para fortalecer a administração pública e combater irregularidades internas. Chapo enfatizou a importância da união entre as diferentes confissões religiosas como plataforma para promoção da paz e convivência harmoniosa.

"Inquietam-nos, particularmente, os atos bárbaros dos terroristas em Cabo Delgado contra os nossos irmãos indefesos e que constituem um atentado à soberania do país", declarou o Presidente Chapo.

Situação Atual e Perspectivas

As autoridades confirmaram novos ataques nas províncias vizinhas de Niassa e Nampula, com 45 casas incendiadas na última semana. O ISM opera atualmente em pequenas células móveis, com estimativa de menos de 400 combatentes, mas sua mobilidade dificulta as operações das forças de segurança.