Portugal Paga 600 Milhões à UE por Plástico Não Reciclado
Portugal pagou 600 milhões de euros à UE em três anos devido ao plástico não reciclado, enfrentando desafios para atingir metas de sustentabilidade e reciclagem europeias.

Resíduos plásticos em centro de reciclagem em Portugal ilustram desafio ambiental e econômico
Portugal desembolsou 600 milhões de euros nos últimos três anos à União Europeia devido aos resíduos de plástico não reciclados, revelando desafios significativos na gestão ambiental e inovação sustentável do país.
Impacto Financeiro e Ambiental
Só em 2025, Portugal deverá pagar 200 milhões de euros como parte desta contribuição obrigatória, que aplica uma taxa de 0,80 euros por quilograma de resíduos plásticos não reciclados. Esta medida, similar a iniciativas de governança ambiental em outros países, visa promover práticas mais sustentáveis.
Críticas e Propostas de Solução
A associação ambientalista Zero criticou o modelo atual, onde todos os cidadãos arcam com os custos, defendendo que a responsabilidade financeira deveria recair sobre as empresas que colocam as embalagens no mercado. Em 2021, Portugal apresentou uma taxa de reciclagem de 38%, abaixo da média europeia de 41%.
Contexto Internacional
Atualmente, 170 países participam de negociações em Genebra para estabelecer um acordo global vinculativo sobre a produção de plásticos. Como diversos países implementam soluções inovadoras para desafios ambientais, Portugal busca alinhar-se às metas internacionais de sustentabilidade.
Perspectivas Futuras
O Pacto Português para os Plásticos defende um tratado ambicioso que abranja todo o ciclo de vida dos plásticos, desde a produção até o tratamento final, incluindo a responsabilização dos produtores e a eliminação de substâncias perigosas.
Celina Mucavele
Economista e editorialista moçambicana, especialista em políticas públicas e reformas econômicas na África Austral.