Desmobilização da Renamo Enfrenta Desafios Críticos em Moçambique

O Instituto para a Democracia Multipartidária (IMD) alertou que o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da Renamo enfrenta procedimentos administrativos "ineficazes", com questões críticas ainda pendentes.

Desafios na Reintegração dos Ex-combatentes

O processo de reintegração, que abrange 5.221 ex-combatentes da Renamo em todo o país, tem enfrentado obstáculos significativos, conforme revelado em uma análise divulgada na quarta-feira, marcando o sexto aniversário do Acordo de Paz de Maputo.

Apesar do "notável" progresso na definição de pensões para 95% dos ex-combatentes até 2024, persistem questões críticas. Até abril de 2025, apenas 4.536 ex-combatentes recebiam pensões, deixando centenas de beneficiários sem cobertura, incluindo 298 que o governo reporta dificuldades em localizar.

Contexto de Instabilidade

O processo ocorre em um cenário complexo, marcado por diversos desafios, incluindo o terrorismo em Cabo Delgado, conflitos pós-eleitorais e crises climáticas. Esta situação reforça a necessidade de uma abordagem mais integrada na implementação do DDR.

Cooperação e Segurança

A cooperação estratégica em segurança torna-se fundamental para o sucesso do programa. O IMD enfatiza que o suporte deve ser adaptado às realidades locais, garantindo o envolvimento comunitário no planejamento e implementação das atividades.

O apoio deve ser adaptado às realidades locais, garantindo o envolvimento comunitário no planejamento e implementação das atividades (...). Isso pode ajudar a mitigar o ressentimento e a desconfiança, promovendo a coesão social

Marcos do Processo DDR

• Início em 2018
• 5.221 ex-guerrilheiros desmobilizados
• 257 mulheres incluídas no programa
• Encerramento da última base em junho de 2023